quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Aquecimento

Quercus congratula-se com dedução de 777 euros no IRS para renováveis





A associação ambientalista Quercus congratulou-se com a medida prevista no Orçamento de Estado de 2008 que permitirá aos portugueses deduzir 777 euros no IRS na compra de equipamentos de energia renovável.



Francisco Ferreira, vice-presidente da associação, explicou à agência Lusa que actualmente os particulares já podiam deduzir até 751 euros, mas apenas aqueles que tinham já a casa paga, uma vez que o valor não podia ser cumulativo com o pagamento de juros e amortizações na compra de habitação.



A proposta de OE para 2008 altera esta circunstância, permitindo assim o acesso a esta dedução aos que ainda se encontram a pagar empréstimo para compra de habitação própria.



"Qualquer pessoa pode agora fazer uma dedução à colecta de 30 por cento do custo do equipamento e até 777 euros. Dantes só uma minoria (com casa paga) poderia usufruir deste benefício fiscal", disse.



Segundo o ambientalista, esta tem sido uma das reivindicações da Associação Nacional de Conservação da Natureza ao longo de anos.



Na proposta de OE apresentada sexta-feira, explica a Quercus, considera-se que podem ser dedutíveis à colecta 30 por cento das importâncias despendidas com a aquisição de equipamentos novos para utilização de energias renováveis e de equipamentos para a produção de energia eléctrica e ou térmica (com potência até 100 kW), que consumam gás natural, incluindo equipamentos complementares indispensáveis ao seu funcionamento.



"É uma proposta, não sabemos se alguma coisa será alterada mas de qualquer forma é uma boa novidade", disse à Lusa Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus.



O tempo de amortização do equipamento através da dedução à colecta prevista baixará significativamente o período de amortização do mesmo (no caso da água quente solar em cerca de 2 a 3 anos), evitando consumos de gás e electricidade e as consequentes emissões e demais poluição.



De acordo com o vice-presidente da Quercus, na compra de um painel solar para ter água quente, que custa cerca de 2.300 euros um terço desse valor é dedutível no IRS.



Estes sistemas de energias renováveis permitem uma poupança de energia que paga o investimento e com este estímulo outras pessoas poderão vir a optar por energias renováveis que podem ser colocada quer em vivendas quer em apartamentos.



Segundo a associação, há vários anos que a Quercus tem vindo a considerar "uma completa hipocrisia a política do Governo que por um lado pretende a expansão de energias renováveis para redução da nossa dependência do consumo de combustíveis fósseis e de redução das emissões de dióxido de carbono e por outro não incentiva os particulares na aquisição de equipamentos de energia renovável".



O caso mais importante, adianta, é o que respeita ao completo falhanço do Programa Água Quente Solar, que pretendia a aplicação de um milhão de metros quadrados de colectores solares para água quente sanitária até 2010.



Este objectivo viria a ser revisto para metade no Programa Nacional para as Alterações Climáticas (500 mil metros quadrados) e o ritmo previsto para 2006 e 2007 é para 13 mil metros quadrados apenas.



A instalação do milhão de metros quadrados de colectores solares representaria uma redução de 280 milhares de toneladas de dióxido de carbono por ano.



Na Grécia, a presença de colectores solares para água quente sanitária é pelo menos cinco vezes maior, embora Portugal seja um país com número de horas de sol ainda mais significativo.



O Orçamento de Estado, adianta a Quercus, não traz contudo uma outra medida que a associação considera igualmente importante, nomeadamente, a redução de 12 para 5 por cento da taxa de IVA aplicada a equipamentos de energias renováveis.



Moinhos de Maré do Ocidente Europeu







A exposição itinerante “Moinhos de Maré do Ocidente Europeu”, produzida no âmbito de um projecto coordenado pelo Ecomuseu Municipal do Seixal com o apoio do Programa Cultura 2000 da Comissão Europeia, completa, no próximo dia 29 de Outubro, dois anos de itinerância.



Foi apresentada até agora em diversas cidades e vilas da Europa Atlântica onde existem ou existiram moinhos de maré, designadamente em La Vicomté-sur-Rance (Côtes d’Armor - França), Lepe e Isla Cristina (Andaluzia - Espanha), Kruibeke (Vlaanderen - Bélgica), Castro Marim (Algarve – Portugal), Nantes (França), Totton (Reino Unido), Essex (Reino Unido), Carew (País de Gales, Reino Unido), Londres (Reino Unido), Muros (Galiza, Espanha) e Perros-Guirec (França).



Pode ser vista actualmente no Núcleo Museológico do Mar, na Figueira da Foz (Portugal), onde permanecerá até 31 de Dezembro.



Mais informações disponíveis em www.moinhosdemare-europa.org



«Energy Bus» percorre país a promover eficiência energética







A EDP apresentou hoje o «Energy Bus», um autocarro temático em torno da utilização racional da electricidade, que vai percorrer o país de Norte a sul até final de 2008.



A meta do veículo pretende «informar, sensibilizar e promover o consumo eficiente da energia eléctrica em Portugal», segundo uma nota divulgada a imprensa esta sexta-feira.



O Energy Bus parte de Lisboa e percorrerá o país inteiro, proporcionando aos visitantes uma viagem interactiva, demonstração de novas tecnologias, experiências, painéis informativos, (…), incentivando os portugueses a adoptarem comportamentos mais eficientes e amigos do ambiente.



A iniciativa foi desenvolvida pela EDP, em parceria com o Instituto Superior Técnico – IDMEC, e a TerraSystemics, «no âmbito do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica, aprovada pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos», explica um comunicado da eléctrica.







DiárioDigital



Nobel da Paz para Al Gore e Nações Unidas







O antigo vice-presidente norte-americano Al Gore e o Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas vão dividir o Prémio Nobel da Paz de 2007, foi esta sexta-feira anunciado pelo comité nobel, em Oslo.



Al Gore e o Painel das Nações Unidas são assim distinguidos pela luta na difusão para e alerta para os riscos das alterações climáticas.



Os galardoados, escolhidos entre 181 candidatos, vão dividir um prémio de 1,5 milhões de dólares.



O comité nobel justificou a atribuição do prémio pelo esforço na recolha e divulgação de informação sobre as consequências do aquecimento global e por Al Gore e o Painel das Nações Unidas lançarem as base para que se tomem medidas nas alterações climáticas.



Em reacção ao galardão, Al Gore afirmou sentir-se “profundamente honrado”.



Em comunicado, o antigo vice-presidente dos EUA afirmou que, "sinto-me profundamente honrado por receber o prémio Nobel da Paz. Esta recompensa é ainda mais significativa ao ter a honra de a partilhar com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações - o mais distinto grupo científico que consagra o seu trabalho a melhorar a nossa compreensão sobre a crime do clima - um grupo cujos membros trabalham sem descanso e com dedicação há vários anos”







Correio da Manhã



Os Verdes” propõem alteração ao Código do IRS para incentivar renováveis







Nas vésperas da entrega do Orçamento de Estado para 2008 na Assembleia da República, o partido ecologista “Os Verdes” pediu hoje ao ministro das Finanças uma alteração ao Código do IRS, nomeadamente o artigo que impede os cidadãos com crédito à habitação de usufruir da dedução à colecta dos investimentos que fizerem em energias renováveis.



O partido defende “a necessidade de revogar o número 3 do artigo 85º do Código do IRS, pondo fim, assim, à proibição de cumulação das duas deduções (investimentos em energias renováveis e juros do crédito à habitação)”.



Esta é uma questão que o partido considera “verdadeiramente fundamental para começar a mudar o panorama energético português e combater as alterações climáticas”, segundo uma carta aberta enviada ao ministro das Finanças.



Pedindo um “Orçamento de Estado para 2008 mais Verde”, os ecologistas salientam que têm apresentado propostas concretas, “designadamente na área fiscal, para incentivar a poupança e eficiência energéticas bem como a aposta nas energias renováveis, procurando dar um sinal positivo e claro aos cidadãos para investirem nomeadamente na microgeração solar”.



Para “Os Verdes”, o fraco historial de promoção da energia solar em Portugal deve-se à “falta de visão estratégica do Governo” e à “falta de interesse dos grupos económicos em investir na descentralização e democratização da produção de energia”.



Segundo números apresentados pelo partido, “no ano passado em Portugal só foram instalados 20 mil metros quadrados de painéis solares”. Este número é comparado com a Grécia, que instala anualmente 200 mil metros quadrados de painéis solares.



A Alemanha, “com cerca de metade da nossa radiação solar” instala “todos os anos um milhão de metros quadrados de colectores solares”.







Público



Ambiente: Rock in Rio lança concurso para escolas sobre energias renováveis









As energias renováveis e as alterações climáticas são o tema do projecto "Rock in Rio Escola Solar" lançado hoje em Lisboa pela organização do festival, que tem como embaixadores os elementos da banda Xutos e Pontapés.



Lançado na Escola Secundária José Gomes Ferreira, o projecto "Rock in Rio Escola Solar" consiste num concurso a decorrer até 30 de Outubro vocacionado para todas as escolas portuguesas do 2º e 3º ciclos do ensino básico ao qual podem concorrer projectos de carácter ambiental, anunciou a organização do Rock in Rio.



Cada concorrente que apresente projectos que conjuguem benefícios ambientais e sociais habilita-se a receber bilhetes para o Rock in Rio 2008, habilitando ao mesmo tempo a escola a que pertence a receber painéis fotovoltaicos que lhes permitirá produzir e vender energia.



Os projectos a elaborar pelos alunos têm contudo, ao abrigo do regulamento do concurso, que envolver uma Instituição Particular de Solidariedade Social ou uma entidade local sem fins lucrativos e devem ser executados até ao final do ano lectivo 2007/2008.





Do concurso sairão 20 equipas vencedoras - uma por distrito e uma por cada região autónoma -, disponibilizando a organização do Rock in Rio 1.000 bilhetes para jovens das escolas vencedoras.



Cada jovem poderá ganhar 50 bilhetes e 50 "kits" com cadernos, "t-shirts" e um diploma Rock in Rio, disse fonte da organização.



Por seu turno, as escolas frequentadas pelos alunos vencedores receberão sistemas fotovoltaicos com uma capacidade de até 3,5 KWp que vão permitir às escolas produzir energia e vendê-la à rede pública, destinando-se a receita obtida a projectos sociais, acrescentou.



O "Rock in Rio Escola Solar" é um projecto da organização do Rock in Rio Lisboa 2008, em colaboração com a SIC Esperança, o Ministério da Economia e Inovação e o da Educação.



Sensibilizar e consciencializar a população em geral e os jovens em particular para a preservação do ambiente a diminuição do efeito de estufa são, segundo a organização, objectivos do projecto, cujos "frutos só se verão daqui por 15 ou 20 anos".







Sapo










ONU: aquecimento ameaça um terço dos animais
O aquecimento global já teve impactos significativos na natureza, indica o relatório das Nações Unidas que será divulgado nesta sexta-feira. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) - ligado à ONU - acredita que já é possível identificar como esses impactos na natureza estão afetando as sociedades.

» ONU admite fim da Amazônia até 2080»
ONG: mudança de clima afeta já Amazônia

Os cientistas estão reunidos esta semana em Bruxelas para aprovar a segunda parte do relatório, que será divulgada na sexta-feira. A primeira parte do texto foi lançada em fevereiro, em Paris.

A BBC teve acesso a alguns esboços do texto que está sendo analisado pelos cientistas. Segundo os documentos, o IPCC vai afirmar que as sociedades terão muitas dificuldades para se adaptar a todas as mudanças prováveis no clima.

O painel deve afirmar que, se a temperatura média global subir 1,5º C acima dos níveis de 1990, um terço das espécies animais estariam ameaçadas de extinção.

Mais de um bilhão de pessoas correriam risco de sofrer com a falta de água, principalmente por causa do derretimento de camadas de gelo em montanhas, que funcionam como reservas naturais.

As discussões de última hora devem provocar algumas alterações pontuais no grau de certeza de cada uma das afirmações, mas o sentido geral deve ser mantido.

O trabalho científico revisado pelos especialistas do IPCC inclui mais de 29 mil dados observados na natureza. O IPCC acredita que 85% desses dados corroboram a tese do aquecimento global. Mais certezas

Desde o último relatório do IPCC, em 2001, a quantidade de trabalhos científicos sobre o impacto do aquecimento na natureza aumentou muito.

Além disso, modelos de computadores que prevêem o futuro do clima na Terra ficaram mais sofisticados, apesar de ainda haver incertezas sobre a sua precisão. Alguns modelos ainda são incapazes de reproduzir alguns processos físicos.

A combinação de mais informações empíricas com melhores modelos permite que cientistas possam ter uma visão mais detalhada sobre o que está acontecendo em diferentes partes do mundo e sobre o que deve acontecer no futuro.

"O que nós vimos é que a evidência dos impactos da mudança climática é muito mais precisa, muito mais confiável", disse o diretor do IPCC, Rajendra Pachauri.

"Muitas das incertezas foram resolvidas; e elas confirmam que os mais pobres entre os pobres são os mais provavelmente atingidos pelos impactos da mudança do clima."

Água fresca é, provavelmente, o item mais sério que afetará as sociedades. Complexos montanhosos - como Himalaia, Andes e os Alpes - agem como reservatórios naturais, aprisionando a chuva e o gelo do inverno, e soltando água gradualmente no verão.

Há sinais de que as geleiras estão diminuindo em todos esses lugares. Um estudo prevê que 75% das geleiras alpinas desaparecerão até o final do século.

Na medida em que o gelo desaparece, inundações na primavera e no outono se tornam mais recorrentes, com maior risco de seca no verão. O IPCC deve mostrar que há "muita confiança" dos especialistas nesses dados. O relatório também vai indicar inundações mais freqüentes nas cidades litorâneas.

Outro impacto significativo na sociedade humana previsto é a redução de terras propícias para agricultura em grande parte do planeta. A produtividade agrícola na África e na maior parte da América do Sul e da Ásia pode ser afetada.

Aumentos da temperatura média de cerca de 1º C devem beneficiar a agricultura em algumas regiões, como Nova Zelândia, Rússia e América do Norte, mas elevações acima disso podem afetar outras partes do mundo.EUA x Europa

Alguns observadores de temas climáticos há anos sustentam que o combate ao aquecimento global deveria ser focado em proteger sociedades e sistemas naturais de secas e inundações, em vez das reduções nas emissões de gases.

O IPCC, no entanto, deve concluir que "a mera adaptação não será suficiente para enfrentar todos os efeitos projetados da mudança climática, principalmente no longo prazo, na medida em que esses impactos se tornam maiores".

Sociedades mais pobres devem ser as mais atingidas, já que elas não têm recursos para implantar medidas de proteção. Adaptar os impactos do clima, na visão do IPCC, deve ser acompanhado de medidas de reduções de emissões.

O relatório já levou a uma discussão entre os Estados Unidos e a União Européia. O comissário europeu para o Meio Ambiente, Stavros Dimas, condenou na segunda-feira a "atitude negativa" dos Estados Unidos contra tratados internacionais sobre clima, dizendo que uma mudança de postura é "absolutamente necessária".

O embaixador americano para a União Européia, Boyden Gray, respondeu que diferenças transatlânticas não são "tão grandes", apesar de o presidente americano, George W. Bush, ter dito que os Estados Unidos estão "fazendo o suficiente".

Esta é a segunda parte do relatório, que está sendo divulgado em quatro segmentos diferentes ao longo do ano. É o quarto relatório do tipo. Em fevereiro, a primeira parte do relatório concluiu que, com 90% de probabilidade, as atividades humanas são responsáveis pelo aquecimento observado desde 1950.

A terceira parte, que será divulgada em maio na Tailândia, vai tratar de formas de impedir o aumento da concentração de gases nocivos ao ambiente.

1 comentários:

Erika disse...

henrique, esse modelo q vc me falou né , ta lindo ,....bjos

9 de fevereiro de 2007 às 04:32

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