Poetas em foco (Memória)
POETAS
Aluisio de Azevedo
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Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, MA, em 14 de abril de 1857. Além de O mulato, os romances que o consagraram perante a crítica e o público foram Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890), considerado sua obra-prima. No primeiro, inspirado num caso da crônica policial do Rio, descreve a vida nas pensões chamadas familiares, onde se hospedavam jovens que vinham do interior para estudar na capital. Em O cortiço narra, em linguagem vigorosa, a vida miserável dos moradores de duas habitações coletivas. Entre seus demais romances estão: A condessa de Vésper (1902), publicado primeiro em rodapé da Gazetinha, sob o título Memórias de um condenado (1882); Girândola de amores (1900), publicado primeiro em folhetim na Folha Nova (1882), sob o título de Mistério da Tijuca; Filomena Borges (1884); O homem (1887); O Coruja (1895), publicado primeiro em rodapé de O País (1889); O esqueleto (mistérios da casa de Bragança) (1890), publicado sob o pseudônimo de Victor Leal; A mortalha de Alzira (1893); O livro de uma sogra (1895), além dos contos de Demônios (1890). Membro fundador da Academia Brasileira de Letras (cadeira nº 4), Aluísio Azevedo morreu em 21 de janeiro de 1913 em Buenos Aires, Argentina, onde ocupava o posto de vice-cônsul do Brasil.
Capistrano de Abreu
João Capistrano de Abreu nasceu em Maraguape, Ceará, em 23 de outubro de 1853. Professor do Colégio Dom Pedro II e funcionário da Biblioteca Nacional, dedicou a vida à historiografia nacional, com pacientes pesquisas de archivos e documentos. Escreu, entre outras, as seguintes obras: O Descobrimento do Brasil e seu desenvolvimento no século XVI (1883), Frei Vicente de Salvador (1887), Capítulos da História Colonial (1907), Ensaios e Estudos, em quatro volumes (1931-1933). Ainda hoje, numerosos artigos seus se encontram dispersos em revistas e jornais. Morreu no Rio de Janeiro em 13 de agosto de 1927.
Casimiro de Abreu
José Marques Casimiro de Abreu nasceu em Barra de São João, RJ, em 04 de janeiro de 1839. Poeta, que levava uma vida desregrada, marcada pela boemia, morreu jovem, aos 21 anos, em 18 de outubro de 1860. Principais obras: Camões e o Jau (drama, 1856), As Primaveras (poesias, 1859), Camila (ficção, 1859) e Carolina (contos, 1859). Suas Obras Completas foram publicadas em São Paulo em 1940.
Joaquim Nabuco
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo nasceu em Recife, em 19 de agosto de 1849. Era filho do Senador e Conselheiro Nabuco de Araújo, vulto de relevo do Partido Liberal em meados do século XIX e maior influência em sua vida, cuja imagem perpetuou na biografia Um estadista do império. A ação política de Joaquim Nabuco pautou-se pela paixão intelectual e ética em favor das reformas, muito mais do que pela rotina partidária, o que fez dele uma das maiores figuras humanas do segundo reinado. Abolicionista e contrário à pena de morte, atraiu logo a antipatia dos fazendeiros, o que lhe fechou as portas à carreira política. Teve de contar com o apoio do pai para entrar na carreira diplomática, como adido em Washington e em Londres. Atuou também no jornalismo, com artigos para os periódicos A Reforma e A Época, este fundado por Machado de Assis, e folhetins dominicais para o O Globo. O último serviço que prestou ao país foi chefiar, em 1909, a embaixada especial às festas de restauração do governo nacional de Cuba, em Havana. Joaquim Nabuco morreu em Washington, em 17 de janeiro de 1910
Mário de Andrade
Mario Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo, em 9 de outubro de 1893. Depois do curso secundário no Ginásio N. S. do Carmo, ingressa no Conservatório Dramático e Musical. Formado, passa a viver do magistério particular e na própria escola em que se diplomara (História da Música). Em 1917, publica Há uma gota de sangue em cada poema, inspirado na primeira Grande Guerra. Alinhando-se entre os que pregam moldes estéticos renovadores, torna-se praticamente o guia de sua geração e, em consonância com esse papel orientador, exerce múltipla e ininterrupta atividade intelectual. Entre 1934 e 1937, dirige o Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, onde realiza um trabalho verdadeiramente pioneiro. No ano seguinte, vai para o Rio de Janeiro, no seguimento de seu labor docente e jornalístico, ao mesmo tempo em que coopera com o Instituto Nacional do Livro no anteprojeto da futura Enciclopédia Nacional. Retornando a São Paulo em 1940, é nomeado funcionário do Serviço do Patrimônio Histórico. Morreu em 25 de fevereiro de 1945, de enfarte do miocárdio, em sua casa. Foi sepultado no Cemitério da Consolação.
Bibliografia
1917 Há uma gota de sangue em cada poema 1922 Paulicéia Desvairada 1925 A Escrava que não é Isaura 1926 Losango Cáqui 1926 Primeiro Andar 1927 Clã do Jaboti 1927 Amar, Verbo Intransitivo 1928 Macunaíma 1929 Compêndio de História da Música 1930 Remate de Males 1934 Belazarte 1935 O Aleijadinho e Álvares de Azevedo 1939 Namoros com a Medicina 1943 O Baile das Quatro Artes 1943 Aspectos da Literatura Brasileira 1943 Os Filhos da Candinha 1944 O Empalhador de Passarinho 1946 Lira Paulistana 1946 Contos Novos
Manuel Bandeira
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Em 1924 publica, às suas expensas, Poesias, que reúne A Cinza das Horas, Carnaval e um novo livro, O Ritmo Dissoluto. Colabora no "Mês Modernista", série de trabalhos de modernistas publicado pelo jornal A Noite, em 1925. Escreve crítica musical para a revista A Idéia Ilustrada. Escreve também sobre música para Ariel, de São Paulo. Morreu no dia 13 de outubro de 1968, às 12 horas e 50 minutos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.
Bibliografia:
Poesia:
- A Cinza das Horas - Jornal do Comércio - Rio de Janeiro, 1917- Carnaval - Rio de janeiro,1919- O Ritmo Dissoluto - Rio de Janeiro, 1924- Libertinagem - Rio de Janeiro, 1930- Estrela da Manhã - Rio de Janeiro, 1936- Poesias Escolhidas - Rio de Janeiro, 1937- Poesias Completas - Rio de Janeiro, 1940- Poemas Traduzidos - Rio de Janeiro, 1945- Mafuá do Malungo - Rio de Janeiro, 1948- Poesias Completas (com Belo Belo) - Rio de Janeiro, 1948- 50 Poemas Escolhidos pelo Autor - Rio de Janeiro, 1955- Obras Poéticas - Rio de Janeiro, 1956- Alumbramentos - Rio de Janeiro, 1960- Estrela da Tarde - Rio de Janeiro, 1960
Prosa:
- Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936- Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938- Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940- Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940- Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946- Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949- Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952- Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954- De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954- A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957- Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957- Prosa - Rio de Janeiro, 1958- Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966- Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966 - Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968- Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ- Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ
Antologias:
- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica, N. Fronteira, RJ- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana - N. Fronteira, RJ- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 1, N. Fronteira, RJ- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 2, N. Fronteira, RJ- Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos, N. Fronteira, RJ- Antologia dos Poetas Brasileiros - Poesia Simbolista, N. Fronteira, RJ- Antologia Poética - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1961- Poesia do Brasil - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1963- Os Reis Vagabundos e mais 50 crônicas - Editora do Autor, RJ, 1966- Manuel Bandeira - Poesia Completa e Prosa, Ed. Nova Aguilar, RJ- Antologia Poética (nova edição), Editora N. Fronteira,
Matias Aires
Matias Aires Ramos da Silva nasceu em São Paulo, em 1705. Estudou em Portugal e na França. Com a morte do pai, retornou ao Brasil, herdou grande fortuna e foi provedor da Casa da Moeda. Escreveu um único livro, Reflexões sobre a Vaidade dos Homens, no qual vê o homem como um joguete da vaidade, de preconceitos e paixões. Ainda hoje é um livro muito procurado. Morreu em 1763..
Fonte: Jornal do
Livro
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