quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A Violência nas Escolas

A violência protagonizada pelos jovens nas escolas é uma realidade inegável. A sociedade terá que se organizar e insurgir-se activamente contra este fenómeno. De igual modo, a escola terá que ajustar os seus conteúdos programáticos e acercar-se mais às crianças. Devido às exigências, as famílias muitas vezes destituem-se da sua função educativa, delegando-a à escola. No meio de toda esta confusão, estão as crianças, que, actuam conforme aquilo que observam e agem consoante os estímulos do meio. Meio esse que por vezes oferece modelos de conduta e referências positivas questionáveis.

É importante ressaltar que a violência escolar não vem desacompanhada de outros fatores. Não é algo que surge e termina dentro da sala de aula. É apenas uma das facetas dos variados tipos de violência que acercam o jovem diariamente: a violência familiar, social, estatal, verbal, física, comportamental, entre tantas outras. O aluno influenciado por tipos de violência em casa ou na rua é meio de transporte para que esta violência adentre as escolas.

Uma gestão de qualidade inclui projetos que tragam os professores, pais e voluntários para perto dos alunos, dentro da escola. Projetos como atividades internas nos períodos em que não se tenham aulas, aos fins de semana etc, assim como o conhecido Amigos da Escola, ou mesmo outros de iniciativa própria nas comunidades.

Um dos principais motivos da violência escolar está no uso e no tráfico de drogas (ilícitas ou não). Muitos alunos usam e comercializam drogas dentro e nas proximidades da escola. Isso também atrai maus elementos para os arredores das instituições.



NUMA pesquisa da UDEMO, “27% das escolas pesquisadas relataram que alunos portavam e consumiam bebidas alcoólicas durante as aulas. 19% das escolas foram invadidas por estranhos, com objetivo de furto, roubo, estupro, tráfico, de drogas. 18% acusaram porte ilegal de armas, por parte dos alunos.”



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Aluno espanca professora em sala de aula




Em Ribeirão Preto, estudante de 14 anos agrediu com socos e pontapés sua professora de português, e só parou ao ser contido

Menino, que cursa a 7ª série do ensino fundamental, afirmou que não se arrepende e que a agressão foi motivada por ofensa



A professora de português Paula Aparecida Alves, 37, foi agredida na tarde de anteontem com socos e pontapés por um aluno de 14 anos, da 7ª série do ensino fundamental, na escola estadual Professor José Lima Pedreira de Freitas, na Vila Virgínia, em Ribeirão Preto (interior de São Paulo).



De acordo com o relato da professora, o aluno a ofendeu após ser repreendido por atrapalhar a aula. Quando estava sendo retirado da sala por uma inspetora da escola, o estudante se soltou e deu dois socos no rosto da professora. Paula tentou correr, mas foi derrubada e levou chutes no estômago.



O aluno foi contido por colegas e professores. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da Infância e Juventude. O garoto chegou a ficar detido por algumas horas, mas foi liberado após a chegada de familiares. Paula passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), que confirmou as agressões



Em solidariedade à colega, os professores da Pedreira de Freitas se recusaram a dar aulas ontem de manhã enquanto o aluno agressor não saísse da escola -ele voltou ao prédio com a mãe para conversar com o diretor da escola, que lhe aplicou uma suspensão.



Em meio à uma bateria de exames em uma clínica particular, Paula, que é professora há 12 anos, disse que pensou em desistir da profissão e falou que pretende processar o garoto. "Ele me ameaçou, disse que vai me matar. Eu pedia para ele parar de me bater, gritava por socorro, mas ele não parava. Foi terrível", disse a professora, que passa bem.



Segundo Mauro da Silva Inácio, conselheiro estadual da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o garoto tem um histórico de indisciplina.



O menino disse à reportagem que não se arrepende e que agrediu a professora porque ela ofendeu sua mãe.

A mãe do estudante, de 32 anos, confirmou que seu filho já teve problemas anteriores com outros professores. "Com 9 anos, ele tentou agredir uma professora. Com 13, ele chegou a empurrar uma diretora de escola. Não sei mais o que fazer."



O NAI (Núcleo de Atendimento Integrado) está acompanhando o caso, que foi entregue à Vara da Infância e Juventude de Ribeirão.

Professores, pais e alunos vão se reunir amanhã, na frente da escola, para protestar contra este e outros casos de violência nas escolas públicas da região.

Em nota, a secretaria afirmou que o conselho da escola vai se reunir nos próximos dias para discutir o futuro do aluno.

Não foi o primeiro caso de agressão na escola. Em novembro de 2001, um aluno se desentendeu com a diretora da escola que, após sofrer uma agressão, chamou a polícia. Sobrou também para os policiais: um teve a farda rasgada e outro, os óculos quebrados.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação, caiu em 17% o número de agressões de alunos a professores em todo o Estado. Em 2006, foram registrados 217 casos de agressão física e, no ano passado, 180.


violência. A violência escolar nas escolas, públicas e privadas, é um problema pedagógico.

Diretores e professores de escolas públicas me descrevem, apavorados, ocorrências de depredações dos prédios, casos de arrombamento de salas e laboratórios, ameaças e casos de detenções ou prisões e, não poucas vezes, situações de constrangimento e amedrontamento envolvendo pais, professores e alunos.



Uma solução simplista, imediata e necessária é, decerto, o policiamento e a colocação de grades. Mas isso não basta. Quase sempre as medidas coercitivas e paliativas parecem reforçar, apenas, a violência escolar.




Fontes:



Jornal Folha de São Paulo, de 22/02/08

udemo.org.br

br.monografias.com

futuroprofessor.com.br

observatorio.ucb.
unesco.org.br
duplipensar.net

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